Reforma Tributária – O que muda para o setor têxtil e de confecção?

A Reforma Tributária aprovada em 2023 no Brasil promete transformar profundamente o sistema fiscal do país, trazendo impactos significativos para diversos setores econômicos, especialmente para a indústria têxtil e de confecção

Com um modelo que visa simplificar e unificar impostos federais, estaduais e municipais, a reforma busca reduzir a cumulatividade tributária e aumentar a transparência, o que pode representar uma oportunidade para o setor se tornar mais competitivo no mercado nacional e internacional.

Entretanto, essas mudanças também trazem desafios, especialmente para micro, pequenas e médias empresas, que precisarão se adaptar a novos regimes e processos. Neste artigo, vamos detalhar o que muda especificamente para o setor têxtil e de confecção, os impactos esperados e como as empresas podem se preparar para essa transição.

O novo modelo tributário e suas particularidades para o setor têxtil

A principal mudança da Reforma Tributária é a substituição dos atuais tributos federais (PIS, COFINS, IPI), estaduais (ICMS) e municipais (ISS) por dois novos impostos: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), de âmbito federal, e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que abrange estados e municípios. 

Essa unificação segue o modelo do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), já adotado em diversos países, e tem como objetivo eliminar a cumulatividade e permitir o aproveitamento integral de créditos tributários ao longo da cadeia produtiva.

Para o setor têxtil, que atualmente enfrenta uma carga tributária que pode chegar a 40% do custo final de uma peça de vestuário, essa mudança pode representar uma redução significativa dos custos, especialmente porque o imposto será cobrado apenas no destino final do produto, evitando a tributação em cascata em cada etapa da produção e comercialização.

Além disso, a adoção de uma alíquota única estimada em 26,5% para a soma da CBS e IBS traz maior previsibilidade para os empresários, facilitando a precificação dos produtos e a competitividade frente ao mercado internacional.

Impactos práticos e desafios para as empresas têxteis e de confecção

Apesar das vantagens, a transição para o novo modelo tributário não será simples. Entre 2026 e 2032, as empresas terão que operar simultaneamente sob o regime antigo e o novo, o que pode gerar complexidade operacional e aumento dos custos administrativos

A necessidade de atualização de sistemas de gestão, automação fiscal e capacitação das equipes contábeis será fundamental para garantir a conformidade e a eficiência nesse período.

Outro ponto importante é que o setor têxtil não foi contemplado com regimes diferenciados de redução de alíquotas, o que exige uma atenção redobrada para evitar impactos negativos na competitividade, especialmente para as pequenas e médias empresas. 

A falta de clareza sobre as regulamentações complementares e o risco de aumento dos preços ao consumidor final também são preocupações apontadas por especialistas.

Como se preparar para a Reforma Tributária: recomendações para o setor têxtil

Para minimizar os impactos e aproveitar as oportunidades trazidas pela Reforma Tributária, as empresas do setor têxtil e de confecção devem iniciar desde já um planejamento estratégico para a adaptação. Algumas recomendações importantes incluem:

  • Atualizar os sistemas de gestão e automação fiscal para atender às novas exigências legais e facilitar o controle dos créditos tributários;
  • Investir na capacitação das equipes contábil, fiscal e administrativa para compreender as mudanças e atuar de forma eficiente;
  • Reavaliar os processos internos e estratégias de precificação, considerando a nova carga tributária e os impactos no custo final dos produtos;
  • Consultar especialistas e assessorias tributárias para entender os impactos específicos do novo regime e identificar oportunidades de otimização fiscal;
  • Monitorar as regulamentações complementares e participar do diálogo com órgãos governamentais e entidades representativas do setor para garantir que as particularidades da indústria têxtil sejam consideradas.

Benefícios esperados a médio e longo prazo

Se implementada de forma eficaz, a Reforma Tributária pode trazer ganhos significativos para o setor têxtil e de confecção. 

A simplificação e unificação dos tributos devem reduzir a burocracia e os custos operacionais, além de permitir o aproveitamento integral dos créditos fiscais, o que pode resultar em preços mais competitivos e maior capacidade de investimento em inovação e sustentabilidade.

A maior transparência e previsibilidade tributária também devem favorecer o planejamento financeiro e estratégico das empresas, fortalecendo a cadeia produtiva e estimulando a geração de empregos. 

Por fim, a eliminação do efeito cascata e a tributação no destino final do produto alinham o Brasil a modelos internacionais, facilitando a inserção do setor no comércio global.

A Reforma Tributária representa uma mudança profunda no sistema fiscal brasileiro, com impactos diretos e relevantes para o setor têxtil e de confecção.

Embora traga desafios, especialmente no curto prazo, a adoção do novo modelo tributário oferece uma oportunidade para modernizar a gestão fiscal, reduzir custos e aumentar a competitividade das empresas.

Para isso, é fundamental que as empresas estejam preparadas, com sistemas atualizados, equipes capacitadas e estratégias alinhadas às novas regras. Somente com planejamento e adaptação será possível transformar a reforma em um motor de crescimento sustentável para o setor.

Com as mudanças trazidas pela Reforma Tributária, a gestão fiscal e tributária nas empresas têxteis e de confecção exige cada vez mais precisão, agilidade e controle. 

O Systêxtil ERP Cloud surge como um aliado estratégico nesse cenário, oferecendo funcionalidades avançadas para automatizar processos fiscais, controlar tributos, gerar obrigações acessórias e integrar todas as etapas da cadeia produtiva com segurança e eficiência. 

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